Quero escrever aqui minhas conclusões tomadas após as discussões em sala de aula sobre Inteligência Artificial e as leituras das obras "A falsa promessa do ChatGPT", "O dilema das redes sociais", "Animação cultural" e "Filosofia da caixa preta".
Para isso, baseio-me em duas premissas. Primeiramente, a de que cada vez mais as tecnologias de informação têm alterado o comportamento humano. Como enfaticamente abordado em nossas discussões, os aparelhos e o mundo virtual "objetificam" seus usuários ao regularem sua rotina, sua personalidade, seus hábitos e mesmo sua impulsividade e suas emoções. Ou seja, à medida que aprimoramos nossas criações, somos por elas também modificados.
Outro ponto é a deficiência do mecanismo do que hoje entendemos como "inteligência" artificial. Diferentemente da "natural", esse tipo se baseia no simples procedimento de pesquisa, organização de dados e elaboração de respostas: não há criação de ideias. Um computador não imagina possibilidades, apenas calcula estatísticas correspondentes. Dessa forma, a IA unicamente sintetiza em lógica cartesiana o que tem disponível em sua base de dados. Não há produção de conhecimento, mas há plágio de ideias, sempre enviesadas, porque toda ideia tem viés: o que não é um problema se lidado com senso crítico e consciência disso. Contudo, como a humanidade se relacionará (já se relaciona) com a IA?
Tudo isso me leva a entender que poderá novamente ocorrer a inversão da ordem sujeito-objeto. Se a IA está alterando nosso comportamento, assim como fizeram as redes sociais, por exemplo, isso significa que caminhamos num processo de destruição do que nos faz humanos: nossa inteligência livre e criativa.
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